Te desejo profundamente. Neste instante e em todos os outros. Onde encontro a fórmula, receita, segredo ou mandiga que te convença disto? Raramente me arrisco, porém quando jogo, aposto alto e não há em mim disposição para joguinhos de gato e rato, nesta de se passar por boa moça, eu sou péssima, definitivamente péssima, em fingir aquilo que não tenho pretensão alguma em me tornar. Na verdade, Eu estrago tudo. Tenho tendências desastrosas de uma criança usando vestido e tentado alcançar o pote de biscoito no armário. Considero extremamente difícil me portar como as demais, simplesmente não consigo fingir desinteresse quando o que mais quero é ver as mesmas paisagens que as dos teus olhos.
Ao colocar o vestido que usei enquanto almoçávamos juntos, me recordei da sua gentileza ao fechar meu zíper, seu gesto parecia dizer: tranquilize-se, eu cuido de você! Este tipo de coisa me faz perceber que prefiro relacionamentos modestos e sinceros, aos hipócritas regados a romantismo e promessas que jamais se cumprirão. Segundo você, não possui capacidade para lidar com eles (os relacionamentos). Enquanto eu, não possuo psicológico pra suportar esta inabilidade mesquinha. Minha gigante carência afetiva necessita de contínuas demonstrações de reciprocidade, as quais não tem estado disposto a oferecer. Necessito destes gestos singelos e piegas, como um bom dia pela manhãl, boa noite ao se deitar, perguntas corriqueiras e imbecis, como: Como foi seu dia? Sinto que há em ti uma dor de sentimento não correspondido, talvez um amor inacabado, que gerou num receio por enquanto não curado. Mas por ora, não peço nada! Além de que feche meu zíper, todos os dias?